Jesus
nasceu durante o governo de Augusto, numa família humilde em Belém, pequena cidade da Judéia, reino que pertencia ao Império
Romano. Conforme tinham dito os profetas na Bíblia, um messias viria libertar o povo de todo o sofrimento. Como os judeus não aceitavam o domínio romano,
muitos achavam que estava para chegar esse messias, que os libertaria do jugo de Roma.
Jesus
apresentou-se como Filho de Deus e foi considerado o messias tão aguardado. Mas, em vez de guerra, ele ensinou que todos os
homens são irmãos e que aos bons está reservada a ressurreição e a vida eterna. Milhares de pessoas aceitaram as idéias de Jesus e começaram a segui-lo por toda parte.
Os sacerdotes
judeus de Jerusalém consideraram este movimento uma ameaça à sua autoridade. Para detê-lo, ordenaram a prisão de Jesus e o
enviaram a Pôncio Pilatos, governador da Judéia. Jesus foi acusado de agitador e blasfemo e, por isso, condenado à pena máxima: a crucificação. Esses fatos ocorreram durante o
reinado do imperador Tibério.
A condenação
de Jesus, entretanto, não enfraqueceu o movimento cristão. De Jerusalém, o cristianismo se irradiou pelo mundo romano graças à pregação dos apóstolos. Surgiram numerosas comunidades cristãs ou igrejas. Pedro e Paulo foram os maiores divulgadores da nova religião. Pedro foi indicado por
Jesus para edificar sua Igreja e foi considerado o primeiro bispo de Roma. Paulo difundiu o cristianismo para os não-judeus,
tornando-o uma religião universal, separada do judaísmo. Ambos foram mortos na primeira perseguição aos cristãos, ordenada
pelo imperador Nero.
O governo
romano tolerava as diversas crenças religiosas que existiam no Império. No entanto, fazia uma exigência: todos deviam respeito
ao culto oficial romano e ao imperador. Os cristãos não participavam das cerimônias oficiais, não cultuavam o imperador, não
aceitavam o politeísmo romano e não prestavam serviço militar. Para o governo romano, eram motivos suficientes para condená-los
a diferentes penas: exílio, trabalho forçado, tortura, crucificação, decapitação ou exposição às feras. Mas as perseguições
não foram contínuas: houve anos seguidos de tolerância, e nesses períodos o cristianismo se expandiu ainda mais.