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ASTECAS: MONTEZUMA E A CHEGADA DOS EUROPEUS

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Portugueses e espanhóis estavam a procura de riquezas e dispostos a tomar à força o que buscavam. Os nativos da América foram surpreendidos com a chegada daqueles homens de costumes. Para os astecas, eram enviados dos deuses.

Na época do imperador Montezuma, o Império Asteca atingiu o máximo de sua grandeza e organização. O imperador era pessoa sagrada, considerado a encarnação do Sol, e seu poder não tinha limites. Mas Montezuma nao era feliz. Nos últimos anos, uma série de sinais inquietantes o angustiavam. Houve incêndios inexplicáveis e impossíveis de serem apagados; cometas cruzaram o céu por horas e ocorreram eclipses repentinos, não previstos pelos sacerdotes. O imperador sonhava com gente desconhecida usando trajes estranhos. Os advinhos interpretavam os fenômenos como tristes presságios, declarando que “muito em breve chegaria o que devia chegar”.

            No íntimo, Montezuma sentia-se culpado, pois se desviara dos ensinamentos de Quetzalcoatl, o grande deus-criador adorado pelos povos do Império Asteca. Seus sacerdotes acusavam o imperador de ter-se perdido por sua má conduta, seu orgulho e sua crueldade com os dominados. Montezuma mandou ricas oferendas aos templos de Quetzalcoatl e fez penitências. Mas nada adiantou. Todos falavam que o deus estava voltando para punir o imperador e retomar o poder. Viria pelo mar, onde nascia o sol, junto com alguns homens de pele clara como ele e com longas barbas. Os enviados de Quetzalcoatl libertariam os povos do domínio asteca.

            Um dia chegou ao palácio um homem contando ter visto “uma montanha que se movia de um lado para outro no mar sem jamais tocar as costas”. Montezuma mandou jogar o homem na prisão e enviou emissários para verificar o fato. Ao regressarem, eles fizeram uma descrição detalhada do que haviam visto. Montezuma abaixou a cabeça sem pronunciar uma palavra. Pela primeira vez, depois de muitos anos, ele se sentia aliviado: acabara a incerteza e o medo. Tudo é melhor do que a dúvida. Animou-se, deu ordens e formulou planos. Mandou representantes ao encontro dos estrangeiros com presentes e uma mensagem de boas-vindas:

            - Há tempos que nossos antepassados nos avisaram de que voltaríeis para subjugardes esta terra e todos os que nela habitam. E, por terdes vindos do lado do Sol nascente e pelas coisas que dizeis desse grande senhor ou rei que vos enviou, temos certeza de ser ele nosso senhor natural e lhe obedeceremos. Meu senhor vos manda presentes e que sejam cumpridas todas as vossas vontades. Tudo o que possuímos está a vosso dispor.

            Depositaram no chão os presentes enviados por Montezuma: plumas coloridas de aves, mantas de algodão, colares de jade, alimentos e bebidas exclusivas dos nobres astecas. Os estrangeiros se aproximaram  e, para grande espanto dos emissários, desprezaram as oferendas e, jogando fora toda a comida e bebida, passaram a admirar com cobiça as vasilhas de ouro. Aqueles aventureiros espanhóis começavam a sentir que valera a pena cruzar o oceano. Os astecas não compreendiam por que os “enviados de Quetzalcoatl” recusavam os valiosos presentes e se alegravam com o ouro, um material tão comum para eles...

Baseado em SÉJOURNÉ, Laurette. Pensamiento e religión en el Mexico antiguo. México: Lecturas Mexicanas, 1992, p. 49-52.

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