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QUEM É CIDADÃO EM ATENAS?

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Durante milhares de anos, a cidade foi o domínio do rei, e seus habitantes, súditos dele. Os gregos foram os primeiros a transferir o poder aos cidadãos. Os atenienses, por exemplo, orgulhavam-se de seu "direito de cidade" e o consagraram à sábia deusa Atena.

Zeus, o deus dos deuses, havia engolido sua primeira esposa Métis, a deusa da prudência, quando ela estava grávida. Meses depois, sentindo fortes dores de cabeça, ordenou a Hefestos, o deus ferreiro, que lhe abrisse o crânio com um machado. Feito isso, a deusa Atena saiu da cabeça de Zeus, já adulta e armada com uma lança. Mal nasceu, ela soltou um grito de guerra tão forte que fez vibrar o céu e a terra.

Imediatamente, Atena colocou-se ao lado do pai, Zeus, na luta que ele travava contra os titãs, matando dois deles. Combateu depois na guerra de Tróia, ajudando os aqueus. Seus guerreiros favoritos eram Aquiles, Diomedes e Ulisses. Atena era guerreira, mas não sanguinária. Lutava por causas justas e agia só depois de muita reflexão; afinal, sua mãe era a prudência. Por isso era também a deusa da paz, da razão e da justiça. Protegia todas as atividades intelectuais, como a literatura, a música, as artes e a filosofia.

Um dia, ela soube que uma cidade recém-fundada na Ática buscava uma divindade protetora. Atena e Posêidon, o deus dos mares, colocaram-se à disposição. Para decidir a qual deles a cidade seria dedicada, pediu-se a cada um que oferecesse à população o presente que julgasse mais útil.

O musculoso deus Posêidon bateu seu tridente com força no chão pedregoso da cidade. Da fenda aberta saiu um belo cavalo e jorrou água límpida. A população ficou maravilhada: eram dois presentes realmente magníficos e importantes. Mas o cavalo era selvagem e ninguém conseguia se aproximar dele. A sábia Atena domou o cavalo, ensinando às pessoas que de nada serve a força física sem o controle da razão. Além disso, lembrou que o cavalo, embora muito útil, não se adequava a um país montanhoso como a Grécia. Mostrou, então, à população, o presente mais valioso e adequado à cidade: fez surgir da terra uma oliveira carregada de frutos. Seu óleo serviria de alimento e iluminação e poderia ser vendido a outros povos. Todos aplaudiram com entusiasmo. O ramo de oliveira tornou-se o símbolo da paz e da prosperidade.

Em homenagem à deusa, a cidade recebeu o nome de Atenas.

Atena deu, então, a seguinte mensagem ao seu povo:

 

“Ouvi, agora, o que estabeleço, cidadãos de Atenas. Nem anarquia, nem despotismo, esta é a norma que aconselho meus cidadãos a observarem com respeito”.

 

Foram necessários alguns séculos de história e diferentes experiências políticas para os atenienses compreenderem a mensagem da sábia deusa. E a lição foi proveitosa: foram eles os criadores da democracia.

RODRIGUE, Joelza Ester. História em documento: imagem e texto. São Paulo: FTD, 2001, p.p 166-167.

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