www.robledocosta.com.br

GALO DE RINHA

HOME
CURRÍCULO
PROJETO VIOLÊNCIA E TRAGÉDIA NO RJ (Destaque na Mídia)
PROJETO PUC MINAS (Educação, Meio Ambiente e Cidadania)
PROJETO GALERA DE ATITUDE (Programa da TVE-RS)
PROJETO HISTORIADOR POR UM DIA (Arquivo Público do RS)
PROJETO EU, PORTO ALEGRE (Usina do Gasômetro)
PROJETO MUSEU DA PESSOA (Toda Escola Tem História Para Contar)
PROJETO ÚLTIMOS DIAS DE SUPER-HERÓI (Fundação Vida Urgente)
CURTA-METRAGEM NA ESCOLA (Porta Curtas)
HISTÓRIA (Textos)
LITERATURA NA AULA (Poemas)
MÚSICAS (Sugestões de Estudo)
FILMES (Análise Histórica)
LINKS
GALERIA DE FOTOS
CONTATO

Valente galo de rinha,

guasca vestido de penas!

Quando arrastas as chilenas

No tambor de um rinhedeiro,

No teu ímpeto guerreiro

Vejo um gaúcho avançando

Ensangüentado, peleando,

No calor do entreveiro !

 

Pois assim como tu lutas

Frente a frente, peito nu.

Lutou também o chiru

Na conquista deste chão...

E como tu sem paixão

Em silêncio ferro a ferro,

Cala sem dar um berro

De lança firme na mão!

 

Evoco neste teu sangue

Que brota rubro e selvagem.

Respingando na serragem,

Do teu peito descoberto,

O guasca de campo aberto,

De poncho feito em frangalhos.

Quando riscava os atalhos

Do nosso destino incerto!

 

Deus te deu , como ao gaúcho

Que jamais dobra o penacho,

Essa de altivez de índio macho

Ques ostentas Já quando pinto:

E a diferença que sinto

E que o guasca bem ou mal!

Só lutas por um ideal

E tu brigas pôr instinto!

 

Pôr isso é que numa rinha

Eu comtigo sofro junto,

Ao te ver quase defunto.

De arrasto , quebrado e cego,

Como quem diz Não me entrego:

Sou galo, morro e não grito

Cumprindo o fado maldito

Que desde a casca eu carrego!

 

E ao te ver morrer peleando

No teu destino cruel.

Sem dar nem pedir quarteu.

Rude gaúcho emplumado.

Meio triste , encabulado,

Mil vezes me perguntei

Pôr que é que não me boleei

Pra morrer no teu costado?

 

Porque na rinha da vida

Já me bastava um empate!

Pois cheguei no arremate

Batido , sem bico e torto ..

E só me resta o conforto

Como a ti, galo de rinha

Que se alguem me

dobrar - me a espinha

Há de ser depois de morto!

www.robledocosta.com.br - Todos os direitos reservados.